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domingo, julho 29, 2012


- Like an Angel: "Perversa"

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Sinopse
"Após a morte de sua mãe e seu irmão, Fiamma se transforma numa garota rude e ateísta que é obrigada a conviver com seu pai e sua madrasta. Mas sua vida conturbada e cheia de problemas muda completamente quando ela conhece Harry, o garoto misterioso com feições angelicais por quem ela se apaixona."

Capítulo 1: Perversa


Meus cabelos negros e longos desciam em ondas largas até o meio das minhas costas, encontrando-se com o decote do meu vestido preto e rendado. Esse meu cabelo naturalmente escuro (herança da minha linda mãe) me ajudava nessa coisa de parecer assustadora. Fico pensando o quão difícil seria se eu fosse loira. Argh. Pessoas loiras não me agradam muito.
Coloquei meus fones no ouvido e ativei a repetição da música, deixando o iPod no bolso do vestido. Era bom ouvir o som de guitarras e a voz da Hayley Williams gritando em meus ouvidos. Sim, eu estava ouvindo Monster, uma das minhas muitas músicas favoritas. E estava indo encontrar as únicas pessoas interessantes desse mundo.
Eu não nasci desse jeito estranho e rebelde. Antes eu era doce. Doce como mel, doce como qualquer garota inglesa da minha idade. Mas a minha doçura se foi há três anos. Não sei dizer o que foi pior, se foi o fato de as pessoas que eu mais amava terem morrido ou se foi simplesmente porque tive que morar com meu pai e com a mulher dele, uma vagaba de vinte e poucos anos chamada Rayana. Só sei que as coisas mudaram desde que perdi minha mãe e meu irmão. Mamãe era a pessoa mais linda e adorável desse mundo, e Caleb era meu único e verdadeiro herói. Antes de perdê-los, eu acreditava no amor. Acreditava em anjos, em Deus... mas acho que agora não há mais motivos para acreditar nessas coisas.
– Fiamma! – alguém chamou. Com certeza era a Kate. Ninguém seria capaz de ter uma voz tão fina quanto à dela.
Desci as escadas com pressa e meu pai arregalou os olhos quando me viu saindo pela porta da sala. De uns tempos pra cá ele havia deixado de perguntar pra onde eu ia, apenas perguntava a que horas eu chegaria em casa.
– Volto antes de amanhã – respondi antes da pergunta ser feita.
Rayana deu uma risada irônica que me obrigou a mostrar a ela meu dedo médio. Ela não se importou, é claro. Apenas acendeu seu cigarro e começou a fumar, o que me fez sair de casa o mais rápido que pude. Ok que às vezes eu encho a cara, mas fumaça e cheiro de cigarro são duas coisas que eu não admito.
– Demorou – Katy resmungou de dentro do carro. Abri a porta e entrei, sentando-me ao lado de Johnny.
– Cadê a Elena? – perguntei, arqueando brevemente uma das minhas sobrancelhas.
– Tá de castigo. – Johnny disse entredentes. Ele e Elena namoram há um bom tempo, mas os pais dela não gostavam dele. Na verdade, eu desconfiava que eles gostassem da própria Elena.
– Wow. Aquele lance do carro ainda? – Kate quis saber.
– Não, foi uma coisa que eu e ela fizemos. Garotinhas como vocês duas ainda vão demorar muito pra fazer essas coisas.
– Wow, eu tenho 16 anos. A única que ainda vai esperar é ela. Coitadinha, nem pode dirigir ainda – Kate riu, mas eu não me importei muito. Ela, de certa forma, também não podia dirigir, mas seus pais eram do tipo que deixam a filha sem habilitação pegar o carro deles e sair dirigindo por aí.
Peguei a garrafa de Smirnoff Ice na mão de Johnny e bebi um pouco. Kate dirigia feito uma louca, mas, bom, era isso mesmo que ela era. Louca por um pouco de liberdade, por uma vida um pouco menos medíocre que a que ela tinha. Era isso o que todos nós queríamos. Às vezes fazíamos coisas perversas e insanas porque pra nós era uma forma de nos vingar.
– Caramba – Johnny murmurou quando notou que Kate estava estacionando o carro. Estávamos na frente de uma boate. Não reprovei o ambiente, mas sabia que ficaria entediada depois de algum tempo naquele lugar. Saí do carro e olhei ao redor pra checar se havia algum pub por perto. É, eu estava com sorte. Havia um.
Entramos na boate já deparando com pessoas se agarrando e bebendo. Alguém passou fumando perto de mim e forjei uma tosse, na intenção de que aquele ser humano se afastasse. Funcionou.
Menos de meia hora depois de chegarmos, Johnny e Kate já estavam se pegando no meio da pista de dança lotada. Se Elena estivesse conosco isso estaria acontecendo do mesmo jeito, porque o relacionamento dela com Johnny nunca foi algo realmente sério.
Enquanto meus amigos se divertiam, eu bebia algumas doses de vodca, fugia das pessoas fumantes e tentava me concentrar na música que tocava em meu iPod (que ainda era a mesma), e não na que estava tocando. Que bela noite.
– Está sozinha? – alguém perguntou de repente. Olhei pra trás e encontrei um par de olhos azuis que me deixaram meio tonta.
– Hmm... é – dei de ombros.
– Tem um pub aqui perto – o garoto mordeu o lábio. – Eu adoraria se uma garota linda como você fosse até lá comigo.
Fiquei pensando na proposta dele. Será que valia à pena descobrir se ele era legal ou seria mais interessante ser uma garota perversa e dizer não ao pedido dele?

[comentem, comentem, comentem! Preciso saber se está bom para eu poder continuar *-*]

4 comentários:

Victor disse...

Belo texto. Quando irá postar o capitulo 2?

Lillian Cruz disse...

Está ficando pronto, talvez eu poste amanhã ou depois :)

Anderson J. Silva disse...

Belo conto!
vai ter quantos capitulos?
Também queria saber se vai ter algum mistério envolvido na trama. rsrs
gostei

passa lá?

http://errosxacertos.blogspot.com.br/


beijos

A.C. disse...

Maravilha.
Adorei, na boa, vai na fé que ta muito show o 1° capítulo. Instigante.
Beijos

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